segunda-feira, 7 de novembro de 2011

120 minutos mudos de ''Limite''


Fui assistir no lindão Auditório Ibirapuera a cópia restaurada de ''Limite'' filme único de Mário Peixoto (1930). Eu nunca tinha visto cinema mudo brasileiro. A grande sacada era a orquestra, praticamente sonoplastia ao vivo e em cores, Naná Vasconcelos é ''O'' percussionista. Com raros momentos da senhora, Marlui Miranda, onde ela recitava melodicamente soando como ''missa de domingo ou procissão'' (tá, eu sou uma ignorante, modéstia à parte) quase aceitei jesus.


A ideia das imagens de um barco à deriva com três pessoas, um homem e duas mulheres, sem muita escolha a não ser pela morte, me lembrou  ''A Náusea'' total do filho da mãe Sartre. Queime! Pentelho Sartre, o inferno é você!
Bom...lendo sobre o filme descobri que foi rodado em Mangaratiba, que ainda é um lugar lindo e silencioso, principalmente nas praias particulares em condomínios de luxo. Que saudade do lugar, ter náuseas lá não é nada mal...

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